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30/11/2016 - Síndrome do pânico ou arritmia cardíaca?

Muitas pessoas vão ao consultório acreditando que estão tendo um ataque de arritmia e muitas vezes a aceleração do coração pode ser um ataque de ansiedade, ou a síndrome do pânico.

 

Mas como diferenciar? A arritmia cardíaca não é por si mesma causadora de outras manifestações do humor. É qualquer variação do ritmo cardíaco (seja na irregularidade, seja na "velocidade" ou frequência, medida em batimentos por minuto).

 

Frequências acima de 100 ou abaixo de 60 batimentos por minuto, sem justificativa para tal, são chamadas arritmia. Os sintomas são geralmente desmaios, palpitações, tonturas ou episódios mais graves, como apresentando parada cardíaca ou morte. As arritmias cardíacas geralmente nascem de alguma variação na parte elétrica do coração, que pode ser observada por eletrocardiograma, holter ou ecocardiograma.

 

No caso da síndrome do pânico, a crise tem duração de dez a vinte minutos, sendo que o componente principal é o medo. A agorafobia tem um componente importante nesse quadro e é causa de internações e requer um diagnóstico preciso para não haver confusão.

 

Alguns dos sintomas podem ser referidos como taquicardia, desmaios, sensação de quase desmaio, dor no peito e outros não relacionados ao coração, como dores de cabeça, dispneia subjetiva, sudorese, tremores e dores abdominais, mas são causados por alguma situação ocorrida naquele momento, é de cunho emocional. Alguns paciente tem uma sensação de irrealidade ou de que estão enlouquecendo.

 

Isso não ocorre em pacientes com arritmias cardíacas somente. De qualquer forma, deve-se fazer uma investigação clínica coerente com exames em caso de dúvidas. Quanto mais preciso o diagnóstico mais rápido se começa o tratamento correto proporcionando uma vida melhor ao paciente.

 

José Silveira Lage é cardiologista arritmologista e eletrofisiologista da Cardioritmo em Cuiabá



Fonte: FONTE CARDIORITMO